terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Um vendedor de flores

Um vendedor de flores vendia rosas de dia e durante a noite vendia meus sonhos
Roubava –me esperança e semeava entre o chão seco de seu deserto.
Certo dia pedi desculpas a ele por um erro que pagaria por toda minha vida.
Nunca entendi porque ele me escolheu.

Um dia resolvi caminhar por entre seu deserto foi então que me achei em tudo
O que ele pensava em sua vitória, alegria e muito em sua dor caminhei pelo
Deserto inteiro, gritei com toda minha força o céu sobre a poeira do silêncio
de meus gritos eram de calar todo ódio e maldade.

Chamei por ele mil vezes mas ele não me ouviu, esperei dias pelo vendedor
Mas ele já não se importava com a dona dos sonhos que ele havia roubado.
No deserto dentro dele mesmo me cortei em pedaços chorei lágrimas que
As tinha guardado para nunca serem derramadas pois eram lágrimas de amor
Deixei todo meu ódio, meu único sorriso, meu grande amor.

Assim matei ali toda esperança, toda minha vida, toda minha vontade de amar.
Sai então pelo deserto limpa de todo tipo de sentimento que poderia existir
Meu espírito já não tinha medo era uma espada sem corte, mas ainda
Com coragem para lutar mesmo sabendo que lutar iria ser seu fim.
Foi quando o vento o trouxe de volta com suas flores todas já sem vida,
Pois não havia mas paixão para fazer com que ficassem vivas.

Ele então me gritou mas eu não podia ouvir o que dizia
Eu não sabia o que ele queria de mim depois de todo sofrimento
Então me virei e o olhei pela ultima vez ,com isso ouvi uma
Voz me dizer que se eu nada fizesse ele partiria para sempre
Mas minha alma já não era a mesma então o deixei partir

Deixei em mim toda solidão ,me entreguei aquele deserto por toda
Minha vida

Um comentário:

Leonardo Miranda disse...

é isso ai !!! muito bom! du caralho mesmo seus texto !!!! bjos